quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Capítulo 5



Pallando seguiu até a sala do Trono de Erebor, para conversar com Thorin conforme prometeu. Encontrou o Rei submerso em pensamentos encarando-o e assim, começou a falar:

- A Palantir que Allatar encontrou e assim criou a conexão com Morgoth, eu consegui recuperar como sabe. Porém, há seis dias Rei Anão, eu quis observar pela Palantir, a fim de encontrar respostas, porém, até um Mago erra, e fui ignorante na tentativa de observar a pedra, pois ela está impregnada pelo mal. E nesta maldade, Melkor me consumiu, como se minha alma fosse para uma prisão de vidro e acredito que enquanto lá estive, foi quando o Balrog atacou a montanha. - dá um sorriso em meio ao leve desespero - mas afinal, de que serve ser um mago se não conseguir dominar e manipular chama imperecível e a matéria de Ea. - fica pensativo e continua - e assim, me libertei daquela condição, retornando ao meu corpo e cheguei ao local da batalha. Mas alguma coisa que queira saber Rei Thorin? Ou podemos descansar e partir para Gondor?

- Obrigado pela explicação meu caro amigo. Espero que possamos unir a força de meu povo com os outros e que seja o bastante para livrar toda a terra média das trevas que estão vindo. - levanta-se e vai ate Pallando, e lhe da um abraço - Fico feliz que esteja vivo e conosco.

Neste instante um dos soldados de Thorin entra na sala do trono.

- Meu rei, todos já estão prontos para partir. Aguardamos suas ordens.

- Agradeço guarda Bhelen, escolha alguns de meus melhores homens para permanecer em Erebor e mande outra guarnição para Vale, pois temo que haja algum ataque para nos surpreender então devemos estar preparados.

Com isto o guarda volta para os soldados e Thorin vai se preparar, com a ajuda de alguns soldados coloca sua cota de malha feita de mitril, e coloca sua armadura dourada de Rei, com o escudo de sua linhagem esculpida no peito, pega dois machados e a espada Fend-orc e vai ate o grande salão onde seu soldados estão.

- Homens hoje iremos marchar rumo a Gondor onde o Elessar nos aguarda, marcharemos lado a lado com os homens e os elfos e iremos proteger não apenas nossa querida Erebor e sim toda a terra média. Juntos iremos lutar ate a morte se preciso para proteger tudo aquilo que amamos. - E assim todos os homens se afastaram abrindo caminho para o Rei sobre a montanha passar. E todos partiram em direção a Gondor.

 A ferida tóxica promovida pela fumaça da escuridão começou a afetar toda região lombar de Radagast, o castanho, impedindo-o de caminhar por muito mais tempo. O sol foi caindo pálido e frio pelo oeste e ao sinal das estrelas que começavam a se formar anunciando a chegada da noite, uma sombra também se aproximou do mago.

Sua boca estava seca... Sua pele queimando em febre e diante disso, com gosto de mato na boca, Radagast pôde observar alguns pares de olhos vermelhos... Se aproximando... Então tocaram o mago.

Estes eram seres tumulares, por muito tempo habitaram os pântanos mortos, mas com o crescimento do novo mal, eles se levantaram e foram destruindo todos os enfermos que encontravam. Seu contato promove o toque glacial, onde quem o sentir perde suas forças e é chamado para o vazio da morte. Tudo estava turvo e desconexo.

E das sombras surge uma luz... Uma luz mais forte que a própria lua naquela noite... E com ela uma canção... E com esta canção... Feixes de luz... Hora violeta... Hora azul. Radagast poderia estar delirando... Seria a febre? Que fumaça poderosa foi aquela?

De repente tudo se acalmou. Não existia mais vazio, nem mais febre e diante do Mago castanho estava Luthien Tinúviel.

Luthien, Filha de Melian, a Maia e do Rei de Doriath, Thingol. Por muito tempo ela permaneceu nos palácio de Mandos para curar suas dores e sofrimento pela perda de Beren, o maneta. Nienna, com o seu canto de lamento trouxe força ao seu espírito e transformou a sua tristeza em sabedoria.

Ela havia sido enviada de volta a Terra Média dos palácios de Mando pelos Valar, a fim de auxiliar os povos na luta contra o mal que agora se levantara, pois ela junto com Beren haviam lutado contra Melkor para recuperar as Silmarils e ela detinha um poder herdado de sua mãe.

Então, diante de Radagast estava aquela que poucos mortais haviam visto. Ela usava um vestido azul com um cinto prateado, seus cabelos eram longos e escuros como a noite e no fundo de seus olhos havia tanta sabedoria e encantamento obtidos nas longas Eras de sua vida.

 Ela começou uma canção de beleza tão insuperável e de tamanho poder de encantamento, que as feridas do Mago estavam sendo curadas e todo o mal que se abatia sobre ele estava se dissipando. O Mago estava totalmente petrificado, não ousava se mexer. Então, ela se abaixou, beijou-lhe a testa e disse:

- Salve Radagast, o Castanho! Que a graça dos Valar o proteja. - Sua voz era tão suave e límpida. Ela o fitou e sorriu.

Enquanto Radagast ouvia a voz suave de Luthien, ia ganhando força, até que uma linda canção começava a surgir. Era uma balada conhecida, balada esta que vinha com o vento... Então sumia... Voltava... Até que surgiu um feixe de luz próximo a uma árvore e ficou rodeando-a, rodeando-a e entrou na árvore, como se fosse consumida pelos troncos.

Houve uma pausa... E o tronco se abriu e de dentro da Árvore surgiu alguém que Luthien bem conhecia. Era Beren seu amado! Até Radagast que já vira muitas coisas nesta e em outras terras, se encantou.

domingo, 6 de setembro de 2015

Os huorns foram surpreendidos pela retaguarda e pela frente, pois Éomer já ordenara a ultima investida contra os Huorns. Tanto pela frente ou por trás os huorns foram atacados, mas ofereceram uma poderosa defensiva.

De repente um grande rugido assustador é ouvido vindo do sudeste, e os cavaleiros de Rohan tremeram, pois avistaram criaturas semelhantes à huorns, caminhando a passos largos. Mas os huorns também temeram com o rugido e pararam de atacar, Éomer e os seus cavaleiros aproveitaram a ocasião para reagruparem. Gamlig e seu eored ficaram em defesa circular enquanto Delfhelm e homens sem montarias faziam uma parede de escudos protegendo a retaguarda dos homens do Folde Ocidental.

Mas para a sorte de todos, quem se aproximava pelo sul não era nenhum tipo de criatura maligna, mas sim os habitantes da floresta de Fangorn, os ents liderados por Barbarvore, que estava furioso ao saber que huorns atacavam as terras dos homens. Os huorns temiam, mas não desistiam da batalha. Então Éomer e os Rohirrins confrontaram os huorns mais uma vez e os ents e os cavaleiros e homens a pé atacaram com fúria a retaguarda do inimigo empurrando os para o norte onde o rei e seu eored lutavam contra a frente do exercito das criaturas malignas.

A batalha durou um e dia meio e ao cair da tarde do segundo dia, todos os huorns haviam sido aniquilados. E a vitoria foi triunfante para alguns, mas não tão boa para outros, pois morreram muitos homens nesta batalha.

- Esta vitoria foi conquistada ao custo de muitas vidas, muitos homens morreram aqui, por suas famílias, por sua pátria. Estes homens nunca serão esquecidos, seus nomes serão cantados em muitas canções sobre esse dia vermelho para Rohan e para Terra Parda. - disse Éomer com muita tristeza no coração, por mais que sua face não aparenta o sofrimento pelas perdas.

Então caminhou em direção a Barbarvore e olhou nos olhos do senhor de Fangorn e disse:

- Barbarvore senhor de Fangorn, muito agradeço sua ajuda.

- Jovem senhor dos cavalos, sinto por não ter vindo o quanto antes, pois foi preciso haver um entebate para que eu e os outros ents saíssemos de Fangorn. Um pequeno pássaro me disse que huorns corrompidos atacaram a terra dos homens, e então tive que fazer algo a respeito sobre isso. Me sinto muito mal por ter destruído todos, pois eram semelhantes a nó ents, mas foi preciso. Sinto que nosso destino nos levara para alem de nossas terras creio eu. - disse Barbarvore.

Éomer fez grande reverencia a Barbarvore, e foi em direção ao corpo de Fingon.

- Bravo Fingon filho de Grimbold, tu foi fiel a sua pátria e ao seu rei ate o fim, descanse em paz Fingon filho de Grimbold.

Caminhando por entre os corpos dos heróis mortos Éomer procurava por Freca. Então avistou alguns Terra-Pardenses que lutaram ate o fim de suas forças contra a hoste de huorns. Freca esta gravemente ferido, ao matar um huorn o cansaço tomou conta dele e os seus ferimentos eram profundos e desmaiou.

- Descanse caro Freca, pois tu e seus homens lutaram bravamente pela Terra Parda e por Rohan. – disse Éomer antes de ordenar que levassem Freca para tratar de seus ferimentos.

- Enterre os mortos, deem um funeral digno de honra a aqueles que deram a vida nessa batalha que decidiu o destino da Terra Parda e de Rohan! - após dar a ordem Éomer e os homens que sobreviveram à batalha foram ate o vilarejo de Freca para um bom descanso. Alguns homens ficaram no campo de batalha para recolher e velar os corpos dos guerreiros caídos. Os ents ajudaram nos trabalhos de recolher os corpos e ao amanhecer os guerreiros caídos já tinham sido enterrados e em cima de suas sepulturas suas espadas foram cravadas.

Barbarvore dá adeus aos guerreiros de Rohan dizendo:

- A escuridão surge das profundezas, mestre dos cavalos... O dia foi vermelho aqui, mas também em outras partes... Sim! Siga com cuidado para Gondor e avise ao Rei! Os Ents estarão de alerta.


E assim Éomer e seus homens partiram em direção ao Sul, ainda faltavam dez dias para a data da assembleia organizada por Gandalf.
Ao avistar os Rohirrins os Huorns se enfureceram e partiram no embate de frente contra os cavaleiros de Rohan e assim deixando espaço para que Freca reagrupasse seus homens.

O impacto era eminente, os Rohirrins cavalgavam rápidos como vento, e os Huorns corriam a passos largos em direção a os cavaleiros. Quando as duas forças se colidiram houve um grande estrondo, mas a vantagem era dos huorns, pois alem de fortes eles poderiam resistir ao mais forte impacto que viesse, e alguns huorns saltaram para o meio da poderosa hoste de cavaleiros atacando-os por dentro da formação, enquanto a dianteira do exercito batia de frente com as criaturas que atacavam.

Então o grande eored se desfez e se dispersarão, mas Éomer tinha muitos cavaleiros ao seu lado. Haleth conduziu um grupo de homens a noroeste para tentar reagrupar com outros cavaleiros dispersos. Fingon havia tombado no primeiro embate com os huorns, Delfhelm caiu de seu cavalo após um huorn arremessar um cavaleiro da retaguarda em sua direção.

Freca e os terra-pardenses realinharam e numa tentativa desesperada atacaram a retaguarda do inimigo, mas não notaram a aproximação de 50 huorns que se arremessaram contra eles fazendo a maioria cair. Freca escapou com um pequeno grupo de homens do ataque dos huorns a essa altura as perdas dos terra-pardences eram grandes. Então foram cercados e Freca não sabia, mas o que fazer, foi quando Éomer após reagrupar alguns homens que haviam escapado do primeiro ataque dos Huorns, surgiu num ataque vindo do oeste, Éomer jogou sua lança no tendão de um huorn fazendo-o gritar e ajoelhar em seguida desferiu um golpe com sua espada no que supostamente era o pescoço da criatura (a casca dos huorns eram duras como aço, mas sua fraqueza era na altura do pescoço ou na parte de trás de suas longas pernas) com isso tombou o primeiro huorn.

- Ataquem as pernas, e golpeiem o pescoço! - gritou Éomer.

Em seguida Freca num golpe rápido de espada atacou a junta da longa perna de um dos huorns fazendo-o ajoelhar, em seguida um de seus homens crava uma lança na boca da grande criatura ajoelhada.

Imediatamente os huorns investiram furiosamente contra seus atacantes, complicando o ataque de Éomer e os Rohirrins, poucos huorns haviam tombado. Mas as perdas dos terra-pardenses eram grandes, pois eles foram atacados de surpresa no momento que se preparavam para cavalgar a Rohan. Já os Rohirrins tiveram muitas baixas, mas ainda eram em maior numero.

Haleth e seus homens reagruparam ao norte e rumou para o Sul onde a batalha estava mais tensa e percebeu que o rei recuava para oeste para tentar reagrupar seus homens, mas os homens de Fingon ainda lutavam mesmo depois da morte de seu capitão e os huorns do ataque inicial ainda estavam a oeste. Então Éomer conduziu o eored ao norte para unir seus homens aos que Haleth liderava. Éomer olhou e viu que Freca e os Terra-Pardenses não conseguiram seguir os Rohirrins, pois foram interceptados por huorns velozes e furiosos.

- Juntem-se a mim, a mim! -Gritou Éomer.

- O que iremos fazer meu senhor? - Perguntou Haleth - Somos muitos, mas eles são mais fortes.

- Freca e os Terra-Pardenses ficaram pra trás - respondeu Éomer - E não podemos deixar que esses demônios sigam para o sul onde ha muitos vilarejos. - e a preocupação o tomou, pois muitas pessoas se refugiaram no sul de Enedwaith, e a poucas milhas ficava a fronteira com o Folde Ocidental.

- Haleth! Haja o que houver tu me seguiras? - perguntou Éomer.

- Sim meu senhor! Seus homens o seguiram haja o que houver e aonde o senhor for. - respondeu Haleth tomado por uma coragem que contagiou o coração de todos que lá estavam.

No momento em que Éomer daria a ordem para todos avançarem, eis que se ouve um som de uma trombeta vinda do sul. Era um som muito familiar para todos, pois era de uma corneta rohirrim. Gamlig havia chegado com 1.800 homens do Folde Ocidental, Riacho de Neve e Fenmark.

                  Muitos se perguntavam "como Gamlig sabia da batalha na Terra Parda? sendo que nenhum mensageiro fora enviado a ele, pois o rei Éomer queria que o mesmo conduzisse os homens reunidos ao Anorien?". Aconteceu o seguinte, após o embate com os huorns, os cavaleiros se dispersaram, pois os homens que bateram de frente com os huorns muitos conseguiram passar pelos lados onde os huorns deixaram após neutralizar o ataque no centro. 
                  Delfhelm viu Fingon cair e imediatamente voltou ao centro lutou ao lado do corpo de seu capitão. Quando tudo parecia perdido Delfhelm recuou em direção ao sul com os últimos homens do eored de Fingon, e foi em uma cavalgada desesperada ao Folde ocidental em busca de ajuda, quando se deparou com Gamlig e os cavaleiros do Folde Ocidental. Defhelm foi de encontro com Gamlig e contou-lhe todo o acontecido, imediatamente o eored do Folde Ocidental e os remanescentes do de Fingon, cavalgaram para o norte em direção ao campo de batalha e foi assim que Gamlig chegou à batalha na Terra Parda.