Curiosidades

Com o fim da Trilogia O Hobbit, muitos fãs (assim como eu claro) ficaram desconsolados pois ao que tudo indica é a ultima adaptação dos livros de J.R.R. Tolkien, pois o mesmo já não se encontra entre nós (fisicamente pelo menos) e seu filho já disse que não venderá os direitos dos livros para ninguém fazer filme nenhum. Mas quem sabe um dia né?

Então vamos com algumas curiosidades sobre o Universo Tolkien. Para quem se interessar recomendo a Leitura de O Silmarillion (que ainda estou lendo).



Tudo nasceu de uma canção

Primeiro havia Eru Illúvatar, e de sua mente foram criados os Ainur, criaturas divinas que existem desde antes a criação do mundo. Por ordem de Eru, os Ainur criaram uma canção com a qual deram origem a tudo o que existe. Sim, uma canção. Já pensou?

Ela seria perfeita não fosse por Melkor, o mais poderoso dentre os Ainur, que pouco a pouco dominou a música. Desta forma, Illúvatar propunha um tema, os Ainur o acompanhava, e Melkor fazia a sua própria melodia, sobrepujando as demais. Era como se houvessem duas canções se enfrentando; uma bela e triste, e outra alta e clamorosa, sem qualquer harmonia.

E então Eru se enfureceu, mas a partir desta canção o mundo foi criado, e a interferência de Melkor mudaria para sempre o destino da criação.



Sauron não é o primeiro Senhor do Escuro

 O que pouca gente sabe é que, antes de Sauron, havia outro Senhor do Escuro, ainda mais poderoso – talvez o ser mais poderoso que já existiu. E este alguns já conhecem: o mesmo Melkor que tanto interferiu na canção de Eru Illúvatar.

Quando o mundo enfim foi criado, os Ainur desceram até ele para lá viver. Ali, em Eä, os mais poderosos entre os Ainur se tornaram Valar (semelhante a deuses), e os de menor poder eram chamados Maiar (anjos) – os elfos e os homens só chegariam muito depois.

Melkor pertencia ao primeiro grupo, mas, ao contrário de seus semelhantes, cobiçava o mundo para si, pois ali queria reinar como soberano. Ainda nesta época, Melkor atraiu para sua causa o mais poderoso de seus aliados, o próprio Sauron, que era um maia.

E assim começou seu reinado. Melkor foi responsável pelas maiores tragédias e desgraças da Terra-Média. Os balrogs e os dragões foram criações suas, e por sua influência muitos mortais perderam a vida pelas mãos de seus semelhantes.



A Luz

Não havia Sol quando os Valar desceram até Eä. Com exceção das estrelas criadas por Varda, a escuridão reinava absoluta. Mas o valar Aulë, a pedido de sua esposa, Yavanna, criou duas poderosas lamparinas que foram iluminadas por Varda e colocadas em cima de duas colunas altíssimas; uma ao norte, e outra ao sul da Terra-Média.

Por algum tempo, elas iluminaram a vida boa dos Valar, mas foram logo destruídas por Melkor, que invejava as belezas que seus semelhantes haviam criado. Com a queda das duas colunas, a primeira morada dos Valar foi totalmente arrasada, e por isto eles se mudaram para as Terras Imortais, bem a Oeste do mundo.

Ali, uma nova fonte de Luz brotou da terra. Eram as Duas Árvores de Valinor, as mais célebres das criações de Yavanna. Uma era dourada, e a outra prateada. Em sete horas, cada uma delas atingia a plenitude e depois voltava a ficar pequena. Cada uma “nascia” uma hora depois de a outra deixar de brilhar, logo havia dois períodos do dia em que a luz das árvores se fundia em uma só.

Nunca houve luz mais bela, e até mesmo o Sol ou a Lua são uma pequena lembrança do que foram as Árvores de Valinor, já que elas, só para variar, também foram destruídas por Melkor, e o mundo voltou a ficar escuro.


Tanto o Sol quanto a Lua são seres vivos

Diz-se que Yavanna chorou pela destruição das Árvores de Valinor, mas, quando a esperança estava perdida, uma das árvores produziu uma enorme flor de prata, e a outra, um único fruto de ouro. Yavanna entregou-os a seu marido, Aulë, que forjou duas naves para conservar seu brilho. Estas naves foram entregues a Varda e erguidas até o firmamento, não tão distantes quanto as estrelas. E ela lhes deu o poder de transitar pelos céus.

E então os Valar escolheram dois Maiar para guiar as naves. Arien guiava o sol e Tilion, a lua. Arien era um espírito de fogo tão poderoso que seus olhos eram brilhantes demais para se contemplar. Ela abandonou a forma feminina que ostentava e se tornou uma labareda nua para toda a eternidade.

Já Tilion era um caçador do vala Oromë, amante da prata. Uma vez nos céus, Tilion era atraído pelo esplendor de Arien, e passou a persegui-la, como sempre fará.


Galadriel

Não é novidade para ninguém que os elfos são imortais. Os sessenta anos que se passam entre os eventos mostrados em O Hobbit e O Senhor dos Anéis não foram nada para os elfos que aparecem em ambas as trilogias, como é possível perceber pela aparência.

Difícil é tentar saber exatamente quem é mais velho que quem, e quão velho eles realmente são. Quem mais se destaca neste ponto é a belíssima Galadriel, nascida ainda nos Anos das Árvores, e viva durante as Três Eras do mundo (cerca de SETE MIL anos).

Durante este tempo, a elfa esteve presente em importantes capítulos da história de Arda, como a destruição das Árvores de Valinor, a Revolta de Fëanor, a passagem pelo Helcaraxë, a chegada dos homens, as guerras contra Morgoth, o romance de Beren e Luthien, a destruição de Beleriand, a ascensão (e a queda) de Númenor, a fortificação de Mordor, a Última Aliança, a forjadura dos Anéis do Poder e, finalmente, a tomada de Erebor e a Guerra do Anel.

Os anões 

Os Valar sempre souberam que os elfos, então chamados Filhos de Illúvatar, um dia chegariam a Terra-Média, mas não faziam ideia de quando isto iria acontecer. Aulë (imagem), o vala ferreiro e mestre de todos os ofícios, estava muito ansioso por sua chegada, e não aguentou esperar.

E então, escondido, criou os Sete Pais dos Anões num palácio abaixo das montanhas na Terra-Média. E ele os criou a sua maneira, pois ainda não sabia bem como seriam os elfos, e tornou-os duros, teimosos e obstinados para que pudessem se opor às criaturas de Melkor. Eles são também os mais resistentes dos mortais.

Mas Eru sabia o que Aulë estava fazendo e, quando ele já estava ensinando uma língua aos anões, todo satisfeito, o Todo-Poderoso falou com ele, brabo. Aulë tremeu nas bases, e teve de se explicar. Sem esperanças, crente da sua desobediência, o vala pegou um martelo e, às lágrimas, o ergueu, prestes a destruir suas pequenas criaturas.

E então Eru se apiedou, e permitiu que os anões vivessem sob uma única condição: eles seriam transformados em pedra, e só voltariam à vida após a chegada dos elfos, pois eles, e mais ninguém, deveriam ser os primeiros a habitar a Terra-Média. 


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