sábado, 19 de novembro de 2016

Capítulo 6


O sol da tarde brilhava e  tinha se passado duas horas desde que Éomer e a sua hoste de cavaleiros de Rohan partiram da Terra Parda, cavalgavam leves e rápidos rumo a Edoras. Seguiram para o sul onde uma estrada levava para sul e terminava na fronteira entre Enedwaith e Rohan. 

A noite  havia chegado, e tudo em volta estava escuro, dificultando a viagem ao sul, pois a lua estava escondida atrás das nuvens. Então Éomer ordena que todos os cavaleiros parem e diz: 
Levantem acampamento, vamos passar a noite aqui! Partiremos antes que o sol ilumine essa terra! 

E assim foi feito, os homens levantaram tendas e outros acenderam uma fogueira e todos estavam em silencio, pois ainda estavam de luto por aqueles que pereceram na Batalha contra os Huorns. 

O dia  estava prestes a nascer, e antes que do primeiro raio de aparecer os Rohirrims  estavam prontos para partir, e antes do fim da madrugada Éomer e os Rohirrims partiram rumo ao sul, cruzaram a fronteira entre Enedwaith e Rohan, agora já estavam em sua terra.  

Quando chegaram ao Folde Ocidental, foram rumo a sudeste, antes do meio dia os Rohirrims  estavam cavalgando num pequeno descampado a uma milha do Vau Sarn, cavalgaram com toda velocidade pela planície verde, seguiam para sudeste e antes do sol se por  podiam avistar a cidade ao longe. A noite chegara com um belo luar, e quando a lua chegou ao centro daquele céu escuro Éomer e sua hoste chegaram a Edoras recebidos com sons de trombetas vindas da muralha da cidade, muitos se alegraram com chegada do rei e seus homens pois agora eles tinham certeza de que Rohan estava segura e de que nenhuma ameaça viria do norte para causar algum mal a suas terras. 

A cidade estava agitada naquela noite, pois o rei e seus cavaleiros retornaram vitoriosos da batalha na Terra Parda, famílias prestigiaram a chegada do rei e seus homens, então Éomer seguiu por uma trilha de pedras rumo ao palácio dourado Medulsed, de repente viu alguém correndo em sua direção dizendo: 

- Meu rei! Elfwine partiu  cinco horas antes de sua chegada foi para a passagem da montanha branca onde a comitiva de lady Eowyn e lorde Faramir foram emboscados por orcs! - disse Brandwine que é guarda do tesouro real de Medulsed.  

Ao receber tal noticia, Éomer sentiu um dos piores calafrios que alguém já sentira então, seu coração foi tomado por um temor de perder sua irmã e ainda seu filho fora em auxilio com o risco de ao chegar ao local e ser emboscado e morto. 

- Preciso ir agora ate ! - disse Éomer desesperado. 

- Acalme-se meu senhor! Elfwine foi a auxilio, provavelmente os cavaleiros reunidos no Folde Oriental o acompanhou para  - disse Haleth. 

- Pode ser que Elfwine tenha chegado tarde demais, e que Eowyn e Faramir estejam mortos. - disse Éomer. 

- Meu senhor, um mensageiro veio ate mim, e me disse que os cavaleiros do Folde Oriental seguiram Elfwine para a passagem. - disse Brad. 

- Agora todos nos precisamos descansar meu senhor, pois a viagem foi longa pra nós e para nossos cavalos. - disse Gamling. 

- Por mais que eu queira ir até a passagem, não deverei ir, pois todos os homens e animais dos nossos eored estão exaustos. Realmente precisamos de descanso. - disse Éomer. 

- Elfwine é muito forte e valoroso, devemos confiar na liderança e na força de seu filho meu Rei. - disse Brad. 

- Vamos aguardar dois dias! E no amanhecer do terceiro vamos a Gondor! - disse Éomer. 

Naquela noite Éomer por mais uma vez não conseguiu dormir, por conta de suas preocupações de como Eowyn estaria, e se Elfwine havia chegado a tempo na passagem da montanha branca. 

No dia seguinte Éomer não saiu de Medulsed, permaneceu sentado em seu trono por longas horas pensando no que terá acontecido com sua irmã e se Elfwine chegou a tempo de salva-la. Éomer passou por mais uma vez a noite em claro sentado em seu trono ainda pensando em Eowyn, Faramir e Elfwine quando sua esposa Lothiriel veio ate ele e disse: 

- Éomer você não pode ficar assim, venha se deitar descanse um pouco. Deixe que Eru ilumine o caminho de nosso filho e que Oromë cavalgue ao lado do futuro rei de Rohan. 

- Volte para cama Lothiriel! Não espere por mim, pois meu coração esta carregado de preocupações que me tiram o sono. - disse Éomer a Lothiriel que estava aflita por ver seu esposo neste estado. 

A noite passou e Éomer ainda permanecia sentado em seu trono, com semblante abatido, todos em Edoras  estavam preocupados com o estado do rei, seus marechais de vez em quando iam perante a ele tentar convence-lo de sair e respirar o ar puro do oeste, mas Éomer não estava disposto em sair de dentro de Medulsed, ou levantar de seu trono, a única coisa que ali ele achava que poderia fazer era esperar por noticias. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Enquanto conversavam Eowyn e Glorfindel chegaram a Dol Amroth, onde Faramir estava recebendo os cuidados do Rei de Gondor. Passadas algumas horas, quando Faramir dormia e seus soldados feridos descansavam, Aragorn e Elrond se reuniram com Eowyn e lhe contaram todo o ocorrido. O mal mais uma vez se levantara e estava reunindo suas forças.

- Meu senhor. Então não posso deixar meu povo desprotegido neste momento. Minha cidade corre grande perigo! Por favor, peço que permita que alguns de seus homens acompanhem o que sobrou da minha comitiva. Preciso avisar a meu filho o que está acontecendo! Darei ordem de que ele fortaleça as defesas de Ithilien e também reúna homens dispostos a deixar a cidade quando for necessário.

Desta forma, ao amanhecer do dia seguinte, os homens de Ithilien em condições de cavalgar partiram com cerca de mais 1000 homens em direção à cidade de Eowyn, a fim de anunciar a Elboron os presságios de uma nova guerra.

Nas profundezas da Terra Média, ao extremo sul de Umbar, Melkor observa sua legião de criaturas malignas, ao lado de Allatar, que teve sua aura e manto azul, substituídos por uma aura roxa e túnica negra.

- Essa será nossa grande cartada! Os povos livres não imaginavam, enquanto eles riam, eu me fortalecia. Enquanto os elfos retornavam para Valinor, eu me fortalecia! - Ergue sua massa com um globo na ponta cravada de dentes de aço - O mundo das sombras enfim reinará! E não haverá uma canção que possa revelar o quão eu farei os filhos de Iluvatar sofrer! Não haverá paz, nem compaixão e você meu fiel amigo - olha para Allatar - reinará na terra sob minha bandeira!

Assim, Allatar pôde observar a legião de Aranhas, centauros, orcs, wargs, Uruk-hais e incontáveis bestas do submundo que se curvavam aos pés de seu mestre e dele próprio.

Melkor observava com admiração o afinco de seu pupilo em liderar as hordas de sua criação e disse:

- Quando todos os povos se tornarem meus escravos, darei um lugar digno para Allatar, O Sombrio.

E assim caminhou até o Mago que agora usava trajes de um general de guerra e continuou.

- Allatar, O Sombrio. Sinto uma movimentação no oeste. Enquanto você visita a dama da floresta, conduzirei de longe os centauros que estão próximo a Eriador ate o condado. Os pequenos são bravos e precisamos eliminá-los!

O regente Ghrór ficou estupefato com a decisão do mestre Killi, mas com a decisão do mesmo, vários outros anões se impuseram e seguiram rumo a aliança.

Os anões desceram as montanhas azuis e após alguns dias de caminhada se aproximaram da vila dos Hobbits, perceberam uma grande fumaça saindo de lá, gritos de horror ecoavam, então Dwalin que estava na comitiva disse:

- Se hobbits estiverem em apuros devemos ajudar! - olha para Killi - conhecemos um hobbit pelo qual valerá sempre a pena lutar!

Killi olhou espantado para a cena da vila dos hobbits em chamas, pois hobbits são criaturas pacificas, e seu amigo Bilbo estava em perigo. E então a afeição de Killi mudou, ele já não demonstrava ser um anão irreverente e brincalhão, mas sim um homem que sobreviveu a varias batalhas e matou incontáveis monstros.

 Killi desembainhou a sua espada, a levantou aos céus e Gritou:

- Anões, Os Hobbits estão sobre ataque, e nós daremos nossas vidas para salvar o vilarejo deles. Entendidos?

Um anão novato em guerra inocentemente perguntou:

- Desculpe-me senhor, mas por quê?

Killi olhou para o anão com uma cara demonstrando que a resposta seria óbvia.

- Porque eles dão as melhores festas é claro. Anões, avante!

E partiram para a vila dos Hobbits.

Quando os anões cruzaram todo o condado e chegaram à vila dos hobbits, presenciaram uma das cenas mais tristes de toda uma Era. O fogo e a fumaça consumiam o local. Mulheres e crianças hobbits estavam mortas e decapitadas no chão, o sangue escorria pelo rio Brandevim, tornando-o vermelho. Muitos hobbits mortos com expressão de valentia no rosto, como se tivessem lutado e aguentado até onde seus corpos puderam aguentar. Muitos carbonizados, e do meio das turvas cinzas fumaças do fogo, Killi, Dwalin e toda comitiva que saiu de Ered Luin em direção a Gondor, puderam conhecer a nova raça das bestas de Melkor, os centauros. Os mesmos que Radagast avistou na fenda próximo ao rio Isen.

Houve um grande silêncio por um tempo, mas este foi quebrado por um grito que parecia ter vindo do oeste além das montanhas azuis como um eco.

                   Tanto anões como centauros, não entenderam do que se tratava, mas o grito foi o suficiente para após um temor dos centauros, incitarem-nos para a guerra. E assim eles marcharam em direção a Killi, Dwalin e todos anões.