quinta-feira, 30 de julho de 2015

Capítulo 4

Nas altas montanhas de Taniquetil, no Além-mar, Manwe sopra sua trompa ao lado de Varda. Os Valar supremos de Eru convocam uma assembleia extraordinária, pois Varda a quem Melkor, mas temia antes mesmo da canção, lançou nos ventos de Ea sua vontade de saber por que os povos livres voltavam a chorar e descobriu que das profundezas do submundo uma energia de maldade familiar se movimentava.

Com o chamado de Manwe Sulimo, os valar foram comparecendo em pensamento.

O primeiro foi Ulmo, que surgiu com seu Elmo cintilante e sua túnica preta coberta por uma malha mais vibrante que Mithril e sentou-se.

O segundo foi Tulkas, que desta vez não trazia em seu semblante o brilho e a felicidade de um campeão.

O terceiro foi Orome, cavalgando Nahar com uma velocidade extrema que até o mais antigo Noldor ao olhar o céu pensaria ser uma nuvem.

Um a um vieram os Valar ao salão de Manwe e se sentaram. Muito falaram sobre a Terra Média. Dos dias que se foram e dos dias que estavam, porém, sobre os dias que viriam, Námo, também conhecido como Mandos levantou-se junto com Vaire a tecelã e começou a falar, observando sua esposa, como se estivesse traduzindo o que ela tecia, dedos para cá, dedos para lá, sobe fio, desce fio e Námo começou:

- Melkor está de volta! Mais forte que nunca! Durante toda terceira era enquanto nos distraiamos com Sauron. Melkor, das profundezas do submundo junto ao seu fiel e real discípulo Allatar Aquele a quem vestimos de azul e confiamos o leste, foi se fortalecendo e criando nas profundezas dos mares do Sul sua fortaleza - olha para Ulmo e em seguida para Vaire e volta a falar - Criou um túnel marinho por debaixo do oceano e formou em Forodwaith no Norte um exército de Dragões do gelo. Aprisionou os Lossoths e os usam como escravo. Criou uma nova raça de bestas que está próximo a Eriador, também pelas profundezas. Essas bestas possuem corpo de cavalo e tronco de homens. São fortes. Possuem chifres e um istari está perto deles. - olha para Orome e se senta.

Manwe pede a palavra:

- Huorns também saíram do noroeste e estão atacando a Terra Parda, segundo as águias me confiaram. Se Melkor nos ludibriou todo esse tempo, estamos velhos para este mundo. Precisaremos da ajuda daqueles que outrora, salvaram Arda. - olha para Mandos - Námo, precisamos acordar Turin, Tuor, Beren, Fingolfin, Feanor. Os numenorianos Tar Aldarion e Tar Menendil, seu pai.

- Qual será o pagamento que pede por essas almas?

Námo respira fundo e decreta:

- Um sacrifício.

Mais seis dias haviam passado desde o ataque do Balrog e Pallando pôde observar comitivas de anões vindo de Moria.

- A essa altura, os batedores devem estar atravessando o condado e chegando as montanhas azuis em breve, Ghrór o Regente das minas do oeste com certeza enviará o exército até Gondor - Dizia Gimli filho de Glóin e Regente de Moria, no banquete oficial de jantar.

Pallando contente e esperançoso vira-se para Thorin e lhe diz:

- Devemos partir pela manhã Rei de Erebor. Moria e as colinas de ferro estão conosco! - fez uma breve reverência e deu um sorriso ainda sem explicar ao Rei Thorin sobre a magia sombria que trouxe um Balrog até o reino sob a montanha.

Thorin vira-se para Pallando e diz:

- Meu caro amigo, partiremos logo pela primeira luz da manhã, hoje aproveitaremos o que pode ser nosso ultimo banquete, ao término gostaria de conversar em particular com você, para que me explique o que aconteceu há seis dias, ainda estamos recuperando muito do que foi perdido.

Pallando diz:


- Claro meu caro, irei ate a sala do trono logo após o banquete e lhe explicarei tudo, e darei dicas de como prosseguir neste momento tão difícil, espero que não seja teimoso e aceite - sorriu mostrando que tentou apenas descontrair o momento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário