Capítulo 4
Nas altas
montanhas de Taniquetil, no Além-mar, Manwe sopra sua trompa ao lado de Varda.
Os Valar supremos de Eru convocam uma assembleia extraordinária, pois Varda a
quem Melkor, mas temia antes mesmo da canção, lançou nos ventos de Ea sua
vontade de saber por que os povos livres voltavam a chorar e descobriu que das
profundezas do submundo uma energia de maldade familiar se movimentava.
Com o
chamado de Manwe Sulimo, os valar foram comparecendo em pensamento.
O primeiro
foi Ulmo, que surgiu com seu Elmo cintilante e sua túnica preta coberta por uma
malha mais vibrante que Mithril e sentou-se.
O segundo
foi Tulkas, que desta vez não trazia em seu semblante o brilho e a felicidade
de um campeão.
O terceiro
foi Orome, cavalgando Nahar com uma velocidade extrema que até o mais antigo
Noldor ao olhar o céu pensaria ser uma nuvem.
Um a um
vieram os Valar ao salão de Manwe e se sentaram. Muito falaram sobre a Terra
Média. Dos dias que se foram e dos dias que estavam, porém, sobre os dias que
viriam, Námo, também conhecido como Mandos levantou-se junto com Vaire a tecelã
e começou a falar, observando sua esposa, como se estivesse traduzindo o que
ela tecia, dedos para cá, dedos para lá, sobe fio, desce fio e Námo começou:
- Melkor está de volta! Mais forte que nunca! Durante toda
terceira era enquanto nos distraiamos com Sauron. Melkor, das profundezas do
submundo junto ao seu fiel e real discípulo Allatar Aquele a quem vestimos de
azul e confiamos o leste, foi se fortalecendo e criando nas profundezas dos
mares do Sul sua fortaleza - olha para Ulmo e em seguida para Vaire e volta a falar - Criou um túnel marinho por debaixo do
oceano e formou em Forodwaith no Norte um exército de Dragões do gelo.
Aprisionou os Lossoths e os usam como escravo. Criou uma nova raça de bestas que está próximo a Eriador,
também pelas profundezas. Essas bestas possuem corpo de cavalo e tronco de homens.
São fortes. Possuem chifres e um istari está perto deles. - olha para Orome e se senta.
Manwe pede a
palavra:
- Huorns também saíram do noroeste e estão atacando a Terra Parda,
segundo as águias me confiaram. Se Melkor nos ludibriou todo esse tempo,
estamos velhos para este mundo. Precisaremos da ajuda daqueles que outrora,
salvaram Arda. - olha para Mandos - Námo,
precisamos acordar Turin, Tuor, Beren, Fingolfin, Feanor. Os numenorianos Tar
Aldarion e Tar Menendil, seu pai.
- Qual será o pagamento que pede por essas almas?
Námo respira
fundo e decreta:
- Um sacrifício.
Mais seis
dias haviam passado desde o ataque do Balrog e Pallando pôde observar comitivas
de anões vindo de Moria.
- A essa altura, os batedores devem estar atravessando o condado e
chegando as montanhas azuis em breve, Ghrór o Regente das minas do oeste com
certeza enviará o exército até Gondor - Dizia Gimli filho de Glóin e Regente de Moria, no banquete
oficial de jantar.
Pallando
contente e esperançoso vira-se para Thorin e lhe diz:
- Devemos partir pela manhã Rei de Erebor. Moria e as colinas de
ferro estão conosco! - fez uma breve reverência e deu um sorriso ainda sem explicar ao
Rei Thorin sobre a magia sombria que trouxe um Balrog até o reino sob a
montanha.
Thorin
vira-se para Pallando e diz:
- Meu caro amigo, partiremos logo pela primeira luz da manhã, hoje
aproveitaremos o que pode ser nosso ultimo banquete, ao término gostaria de
conversar em particular com você, para que me explique o que aconteceu há seis
dias, ainda estamos recuperando muito do que foi perdido.
Pallando
diz:
- Claro meu caro, irei ate a sala do trono logo após o banquete e
lhe explicarei tudo, e darei dicas de como prosseguir neste momento tão
difícil, espero que não seja teimoso e aceite - sorriu mostrando que
tentou apenas descontrair o momento.
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