Aragorn
estava a mostrar as plantas e suas propriedades de cura para o príncipe Eldarion,
seu filho, e herdeiro do Trono quando Glorfindel chega à cidade próxima ao mar
em desespero.
- Rei Elessar! Almare Mellon! Mae Govanen! - faz uma reverencia - Desculpe adentrar assim em momento de
ensinamentos ao jovem Eldarion - olha para
o jovem que já beirava a maior idade e faz um aceno com a cabeça e volta a
falar com o Rei.
- A sombra retornou e o mal lhe turvou a visão até a minha
chegada! Melkor está voltando das profundezas de utumno!
Lady Galadriel viu tudo! Em seu espelho d‘água e
desde então venho cavalgando de Lothlorien! Lady
Arwen foi raptada em Imladris! Huorns desceram a colina e atacaram a Terra
Parda! O verdadeiro discípulo de Morgoth se
revelou, os magos azuis reapareceram e Gandalf - uma lágrima corre em
seus olhos - está caindo. Exércitos
estão agora marchando para cá de todos os cantos da Terra Média para lhe propor
lealdade.
Quatro dias
se passaram desde a partida de Eowyn e Faramir de Rohan, com a missão de avisar
a Aragorn que Éomer foi combater Huorns na Terra Parda.
Seguiam em
silêncio e calmamente por uma trilha sinuosa entre uma fenda nas montanhas
brancas com destino a Dol Amroth, onde se encontrava o Rei de Gondor naquela
época do ano.
Faramir,
percebendo a aflição de sua amada lhe diz:
- Seu irmão terá sucesso nesta empreitada milady. O sangue de Eorl
corre em suas veias. - sorri.
De repente
sem esperar, uma flecha zuniu no ar e quando Eowyn percebeu, o cavalo de
Faramir havia disparado e seu marido estava no chão ensanguentado.
Muitos
gritos estridentes surgiram como eco naquela altura da passagem e orcs brotavam
com escárnios para cima da Lady Eowyn e Faramir atingido.
Eowyn estava
atônita com a mudança repentina de situação. Em um minuto estavam cavalgando
calmamente, com seus 50 soldados em direção a Dol Amroth e no momento seguinte
orcs corriam em sua direção e Faramir estava gravemente ferido
.
A Senhora de
Ithilien precisava pensar rápido, pois os inimigos se aproximavam depressa e os
soldados estavam perdidos à procura de ordens. Desta forma, encostou seu marido
em uma rocha e gritou:
- HOMENS! DESEMBANHEM SUAS ESPADAS E NÃO TENHAM MEDO DA MORTE!
AVANCEM POR SUAS VIDAS E PELA VILA DE SEU SENHOR!
Eowyn
lembrou-se do medo e do ódio que sentiu quando o Rei Bruxo feriu Théoden, seu
tio e Senhor da Terra dos Cavaleiros. Ao brandir sua espada sentiu a dor que já
lhe era familiar desde o dia em que ousou eliminar o servo de Sauron.
Porém seu
sentimento de coragem e espírito de vingança contagiou a pequena companhia. E
homens levantaram suas espadas e marcharam confiantes ao comando de Eowyn.
Lutaram
bravamente e deram fim a vida de muitos orcs. Venceram a batalha, apesar de
estarem em grande desvantagem. No enfrentamento repentino, cinco homens
morreram e muitos estavam feridos.
Dessa forma,
deixou três homens no local para que fosse feito o velório digno para os bravos
guerreiros e seguiu comandando os outros, que cavalgavam ao encontro de
Aragorn, a fim de encontrar respostas e cura para os feridos e para seu amado
Faramir.
Aragorn
escutou atentamente a cada palavra de seu amigo de outros tempos, o elfo
Glorfindel.
E em meio ao
desespero que lhe apertou o coração, pelos povos, por sua amada, ele disse:
- O clamor da batalha sempre fora música para meus ouvidos, mas
desejava poder ter mais tempo de paz e glória em meu reinado.
Ao ouvir
isso, o príncipe Eldarion pode perceber a realeza de seu pai. Seus olhos
brilhavam mais que o cisne prateado da cidade de Dol Amroth.
- Meu pai! Estou pronto para ajudar desta vez! Minha mãe precisa
de mim! Vou até Valfenda!
De repente
uma grande comitiva de elfos encapuzados, trajando armaduras douradas por
debaixo de suas capas começa a se aproximar. Glorfindel observou com sua visão
élfica e comentou:
- Não precisará ir para Imladris jovem príncipe, pois Valfenda já
chegou.
E assim
aconteceu de Elrond, seus filhos Elrohir e Elladan chegarem a cidade do cisne, com
cerca de 300 elfos arqueiros.
- Mais uma vez, em uma nova Era, o Mal acorda e junto com esse
momento, Elfos e homens estabelecem uma Aliança. - disse Elrond.
O Rei, o
príncipe e os elfos conversaram por bastante tempo e Aragorn soube dos
acontecimentos ao norte e soube que sua Rainha poderia estar sendo torturada em
Angmar, foi quando um cavaleiro portando o estandarte de Rohan surgiu
desesperado e gritando:
- Lorde Faramir está morrendo! Onde está o Rei! Só o Rei poderá
salvá-lo!
Com o
exposto, Aragorn e Glorfindel cavalgaram junto ao Rohirrim para onde estava
Lady Eowyn e Faramir seu esposo.
Faramir
estava muito ferido. Lady Eowyn e os cavaleiros de sua comitiva tentavam chegar
o mais rápido até Gondor, então todos puderam observar ao longe, dois cavalos
com dois cavaleiros surgindo no horizonte sul, aumentando, e Lady Eowyn teve
esperanças, pois quem se aproximava eram o Rei Aragorn e o Elfo Glorfindel.
- Salve senhores de Rohan! - disse Aragorn e logo desmontou seu cavalo.
- É um veneno poderoso este. Lembra a saliva de Glaurung dos
tempos antigos! - completou Glorfindel.
Aragorn
virou-se para lady Eowyn:
- Milady. Aqui não podemos curá-lo. Levarei Faramir comigo tomando
dianteira! Encontro-os em Dol Amroth!
Assim
Aragorn colocou o filho de Gondor em seu cavalo e seguiu com ele. Glorfindel
ficou com Eowyn e os cavaleiros.
- Não se preocupe milady, Elrond está na cidade também. Ele e o
Rei Elessar, salvarão seu marido.
Eowyn
parecia desolada ao ver Elessar se distanciar com seu amado. Glorfindel
percebeu sua tristeza e tentou acalmar a dama de Ithilien:
- Minha senhora, Faramir ficará bem. Aragorn e Elrond farão de
tudo para salvá-lo.
- Sim, acredito em suas palavras. Porém ainda outras preocupações
vagueiam em meus pensamentos - disse Eowyn, ainda observando Aragorn se afastar. - A muito não tenho notícias de meu irmão. À
procura de respostas, saímos com uma pequena companhia em direção a Gondor,
deixando nosso filho, Elboron, cuidando da cidade. Então fomos atacados, meu
marido está ferido perdemos homens valorosos, muitos outros estão feridos,
poucos em boas condições de fazer a viagem de volta.
A viagem
para Gondor foi extensa, porém tranquila.
- Tranquila até demais - dizia Pallando à Thorin sempre que possível.
Mas nesta
calmaria, os Anões de Erebor liderados pelo seu Rei e pelo mago azul seguiram por
toda trilha feita que os levava ao Sul, na qual os anões comerciavam com os
Haradrim no pouco período de paz que tiveram.
Seguiram e
ao contornar Minas Tirith para sudoeste, entrando em Gondor, passaram a noite
em uma estalagem no local e na manhã seguinte continuaram.
Observaram
como Gondor era um País bonito. Diversos vilarejos em bloco por cada cidade.
Uma estrada de pedra no centro em linha reta, com bifurcações que entravam nas
cidades.
Ao sul o
cheiro de brisa vindo do mar e ao longe podiam avistar as embarcações brancas,
ancoradas na Baía de Belfalas.
Chegaram a
Dol Amroth e na entrada da cidade, Eldarion fez uma reverência a todos e disse:
- Bem vindos à cidade do cisne prateado. Meu avô Elrond e meus
tios estão na sala da reunião. Venham.
E nesse
momento todos os anões e o mago puderam ver a realeza nobre e humilde do jovem
príncipe que fez questão de recebê-los.
Thorin,
Pallando e os anões de Erebor, Colinas de Ferro e Moria que chegaram a Gondor,
estavam a conversar com os Elfos de Valfenda que já estavam no local e com o
príncipe Eldarion, quando viram adentrar na cidade Aragorn, com Faramir ferido
em seus braços.
Todos
abriram espaço e o Rei Elessar colocou Faramir em cima de uma mesa e ao avistar
Pallando, retirou sua espada Anduril da bainha e disse:
- A culpa é sua!
Pallando
olhou fixamente para Aragorn e após alguns segundos, virou-se para Thorin e
disse:
- Diga Rei Thorin, diga ao Rei Elessar onde estive nestes últimos
meses?
- Meu caro Aragorn, Pallando se encontrava em minha morada durante
esses meses então acredito que o que for que tenha acontecido não foi
relacionado a ele meu amigo. Viemos ate aqui, pois algo muito horrível está
acontecendo. Quase perdemos Erebor para um Balrog e se não fosse Pallando não
estaria aqui neste momento para auxiliar a ti e aos outros povos. Gondor será
nossa ultima defesa. Temo por Erebor que poderá cair a qualquer momento. Temos
uma guarnição lá para defendê-la, mas temo que não seja o bastante. Peço
humildemente que envie um de seus mensageiros para avisar ao guarda Bhelen que
lá esta como responsável para que evacuem Erebor. E protejam-na será uma ótima
linha de defesa ao leste.
- Você caro amigo possui meios de entrar em contato com Radagast e
Gandalf?
– Thorin pergunta a Pallando.
- Não sei caro Thorin, posso tentar, mas não lhe prometo nada.