domingo, 20 de dezembro de 2015

Beren não estava maneta. Seus braços eram fortes e vestia uma armadura azul escura com o símbolo das árvores de Valinor no peito em alto relevo. Ele se aproximou de Luthien, beijou-lhe a mão e virou para Radagast com uma reverência.

- Milady. A profecia de Mandos está acontecendo. Morgoth acordou! E de Valinor fomos convocados e acordados para esta missão - olha para o mago - O senhor é o Istari, mais fiel a Iluvatar, os Valar dizem!

Então diz olhando para os dois:

- Muitos elfos e homens que viveram em Beleriand quando o mundo era novo estão voltando. Eu pedi para lhe seguir meu amor. Não a abandonarei por nada. Morgoth recuperou nas profundezas da Terra a espada negra e entregou a seu vassalo! Precisamos recuperá-la para Turin. Ele também está a caminho. Assim como Feanor. A nossa missão milady será cumprir o sacrifício para mandos. Eu ainda não sei o que é ao certo, mas antes de vir, eles me disseram. O CÉU TEM UMA COR. ÀS VEZES ESCURA E ÀS VEZES CLARA. DEVERAS PROCURÁ AQUELES QUE NÃO RETORNARAM DA JORNADA. - pensativo – Bem, nós homens, voltamos com a mente estagnada nos tempos antigos. Só os elfos retornarão sabendo de tudo. Ainda não decifrei o enigma dos deuses Valar, mas tenho essa missão junto a você Luthien minha amada e Radagast, sábio castanho, nos leve por ordens dos altos ao Rei desta Era. O mal acordou.

Estavam em Tol Galen. Local que antes era morada de Beren e Luthien e onde nasceu seu filho Dior. O local era protegido pelo cinturão de Luthien, poder que sua mãe Melian outrora usou para proteger Doriath dos ataques de Melkor. Depois de curar Radagast e rever seu amado, Luthien os levou para o seu lar.

Por um tempo Radagast adormeceu e Beren e Luthien estavam passeando em uma clareira, mais uma vez ela cantou e dançou para ele e muitas lembranças de eras passadas e felizes voltaram à mente de Beren.

Beren disse:

- Minha Tinúviel, o meu maior temor nessa missão é que nos separemos novamente e que nem mesmo o inexorável Mandos possa nos unir mais uma vez.

Luthien lhe respondeu:

- Jamais nos separaremos Milorde, ainda que nossos corpos pereçam, nossos corações e espíritos estarão para sempre juntos nas terras imortais.

Então, ele a abraçou e ambos sentiram que poderiam ficar ali eternamente sem se preocupar com mal lá fora, mas dentro de seus corações Beren e Luthien já sabiam o que deveria ser feito e qual caminho deveriam seguir, mas estavam relutantes em fazer.
Por muito tempo ficaram ali, apenas interagindo seus pensamentos e encontrado formas de cumprir sua missão.

Então, Luthien olhou seu amado e disse:

- Sim, devemos ajudar nossos parentes para isso retornamos.

Muitas coisas ainda Beren e Luthien conversaram, decidiram partir para Gondor, pois estavam ali há muitos dias e sem noticias do que estava acontecendo, e, os Senhores da Terra Média ainda não sabiam de seu retorno, nem do resgate a Radagast.

Em seguida Luthien foi ao encontro de Radagast. Estava uma linda manhã em Tol Galen, os pássaros estavam cantando e as árvores se balançavam entoando uma bela canção. Luthien acordou Radagast e contou sobre a decisão tomada.

– Mas, não temos cavalos e temo que a pé, demoraríamos semanas, muitos perigos podem nos encontrar na estrada.

- Não se preocupe Milady, imediatamente posso chamar cavalos, domino muitos animais – disse Radagast, o Castanho.

Então Luthien sorriu e fez um gesto afirmativo com a cabeça, mas no fundo de seus olhos o Mago pode ver alguma angustia escondida.

- Algo errado Milady? – Perguntou Radagast

- Estou preocupada com Arwen minha parente – Disse Luthien.

Ghrór, o Regente das montanhas azuis estava em seu salão principal nas profundezas de Ered Luin com Killi e outros majestosos anões guerreiros, conversando sobre um mal que parecia se movimentar a sudeste daquelas terras, quando toca uma forte trombeta, avisando da chegada de um batedor da montanha solitária. Ghrór e Killi souberam do mestre Anão enviado, dos acontecimentos do Leste.

Ghrór levanta-se:

- Eu não mandarei nenhum anão para Gondor! O mal que chega por aqui, nós mesmos cuidamos e ninguém nunca vem nos ajudar! - disse o regente rosnando

Espantado, o batedor, olha para Killi e diz:

- Mestre Killi, seu tio, clama por ajuda! Você o abandonará nestes tempos?

Killi corre para seu quarto, pega sua espada e seu arco, checou a sua aljava, montou em um pônei preto e partiu rapidamente para a procura de seu rei.


- Veja pelo lado bom, onde há Thorin, tem boas brigas e banquetes, e algumas elfas. – disse a si mesmo, sorrindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário