Beren não
estava maneta. Seus braços eram fortes e vestia uma armadura azul escura com o
símbolo das árvores de Valinor no peito em alto relevo. Ele se
aproximou de Luthien, beijou-lhe a mão e virou para Radagast com uma
reverência.
- Milady. A profecia de Mandos está acontecendo. Morgoth acordou!
E de Valinor fomos convocados e acordados para esta missão - olha para o mago - O senhor é o Istari, mais fiel a Iluvatar,
os Valar dizem!
Então diz
olhando para os dois:
- Muitos elfos e homens que viveram em Beleriand quando o mundo
era novo estão voltando. Eu pedi para lhe seguir meu amor. Não a abandonarei
por nada. Morgoth
recuperou nas profundezas da Terra a espada negra e entregou a seu vassalo!
Precisamos recuperá-la para Turin. Ele também está a caminho. Assim como
Feanor. A nossa missão milady será cumprir o sacrifício para mandos. Eu ainda
não sei o que é ao certo, mas antes de vir, eles me disseram. O CÉU TEM UMA
COR. ÀS VEZES ESCURA E ÀS VEZES CLARA. DEVERAS PROCURÁ AQUELES QUE NÃO
RETORNARAM DA JORNADA. - pensativo – Bem, nós
homens, voltamos com a mente estagnada nos tempos antigos. Só os elfos
retornarão sabendo de tudo. Ainda não
decifrei o enigma dos deuses Valar, mas tenho essa missão junto a você Luthien
minha amada e Radagast, sábio castanho, nos leve por ordens dos altos ao Rei
desta Era. O mal acordou.
Estavam em
Tol Galen. Local que antes era morada de Beren e Luthien e onde nasceu seu
filho Dior. O local era protegido pelo cinturão de Luthien, poder que sua mãe
Melian outrora usou para proteger Doriath dos ataques de Melkor. Depois de
curar Radagast e rever seu amado, Luthien os levou para o seu lar.
Por um tempo
Radagast adormeceu e Beren e Luthien estavam passeando em uma clareira, mais
uma vez ela cantou e dançou para ele e muitas lembranças de eras passadas e
felizes voltaram à mente de Beren.
Beren disse:
- Minha Tinúviel, o meu maior temor nessa missão é que nos
separemos novamente e que nem mesmo o inexorável Mandos possa nos unir mais uma
vez.
Luthien lhe
respondeu:
- Jamais nos separaremos Milorde, ainda que nossos corpos pereçam,
nossos corações e espíritos estarão para sempre juntos nas terras imortais.
Então, ele a
abraçou e ambos sentiram que poderiam ficar ali eternamente sem se preocupar
com mal lá fora, mas dentro de seus corações Beren e Luthien já sabiam o que
deveria ser feito e qual caminho deveriam seguir, mas estavam relutantes em
fazer.
Por muito
tempo ficaram ali, apenas interagindo seus pensamentos e encontrado formas de
cumprir sua missão.
Então,
Luthien olhou seu amado e disse:
- Sim, devemos ajudar nossos parentes para isso retornamos.
Muitas
coisas ainda Beren e Luthien conversaram, decidiram partir para Gondor, pois
estavam ali há muitos dias e sem noticias do que estava acontecendo, e, os
Senhores da Terra Média ainda não sabiam de seu retorno, nem do resgate a
Radagast.
Em seguida
Luthien foi ao encontro de Radagast. Estava uma linda manhã em Tol Galen, os pássaros
estavam cantando e as árvores se balançavam entoando uma bela canção. Luthien
acordou Radagast e contou sobre a decisão tomada.
– Mas, não temos cavalos e temo que a pé, demoraríamos semanas, muitos
perigos podem nos encontrar na estrada.
- Não se preocupe Milady, imediatamente posso chamar cavalos,
domino muitos animais – disse Radagast, o Castanho.
Então
Luthien sorriu e fez um gesto afirmativo com a cabeça, mas no fundo de seus
olhos o Mago pode ver alguma angustia escondida.
- Algo errado Milady? – Perguntou Radagast
- Estou preocupada com Arwen minha parente – Disse Luthien.
Ghrór, o
Regente das montanhas azuis estava em seu salão principal nas profundezas de
Ered Luin com Killi e outros majestosos anões guerreiros, conversando sobre um
mal que parecia se movimentar a sudeste daquelas terras, quando toca uma forte
trombeta, avisando da chegada de um batedor da montanha solitária. Ghrór e
Killi souberam do mestre Anão enviado, dos acontecimentos do Leste.
Ghrór levanta-se:
- Eu não mandarei nenhum anão para Gondor! O mal que chega por
aqui, nós mesmos cuidamos e ninguém nunca vem nos ajudar! - disse o regente
rosnando
Espantado, o
batedor, olha para Killi e diz:
- Mestre Killi, seu tio, clama por ajuda! Você o abandonará nestes
tempos?
Killi corre
para seu quarto, pega sua espada e seu arco, checou a sua aljava, montou em um
pônei preto e partiu rapidamente para a procura de seu rei.
- Veja pelo lado bom, onde há Thorin, tem boas brigas e banquetes,
e algumas elfas. – disse a si mesmo, sorrindo.
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