sábado, 26 de dezembro de 2015

Aragorn estava a mostrar as plantas e suas propriedades de cura para o príncipe Eldarion, seu filho, e herdeiro do Trono quando Glorfindel chega à cidade próxima ao mar em desespero.

- Rei Elessar! Almare Mellon! Mae Govanen! - faz uma reverencia - Desculpe adentrar assim em momento de ensinamentos ao jovem Eldarion - olha para o jovem que já beirava a maior idade e faz um aceno com a cabeça e volta a falar com o Rei.

- A sombra retornou e o mal lhe turvou a visão até a minha chegada! Melkor está voltando das profundezas de utumno! Lady Galadriel viu tudo! Em seu espelho d‘água e desde então venho cavalgando de Lothlorien! Lady Arwen foi raptada em Imladris! Huorns desceram a colina e atacaram a Terra Parda! O verdadeiro discípulo de Morgoth se revelou, os magos azuis reapareceram e Gandalf - uma lágrima corre em seus olhos - está caindo. Exércitos estão agora marchando para cá de todos os cantos da Terra Média para lhe propor lealdade.

Quatro dias se passaram desde a partida de Eowyn e Faramir de Rohan, com a missão de avisar a Aragorn que Éomer foi combater Huorns na Terra Parda.

Seguiam em silêncio e calmamente por uma trilha sinuosa entre uma fenda nas montanhas brancas com destino a Dol Amroth, onde se encontrava o Rei de Gondor naquela época do ano.

Faramir, percebendo a aflição de sua amada lhe diz:

- Seu irmão terá sucesso nesta empreitada milady. O sangue de Eorl corre em suas veias. - sorri.

De repente sem esperar, uma flecha zuniu no ar e quando Eowyn percebeu, o cavalo de Faramir havia disparado e seu marido estava no chão ensanguentado.

Muitos gritos estridentes surgiram como eco naquela altura da passagem e orcs brotavam com escárnios para cima da Lady Eowyn e Faramir atingido.

Eowyn estava atônita com a mudança repentina de situação. Em um minuto estavam cavalgando calmamente, com seus 50 soldados em direção a Dol Amroth e no momento seguinte orcs corriam em sua direção e Faramir estava gravemente ferido
.
A Senhora de Ithilien precisava pensar rápido, pois os inimigos se aproximavam depressa e os soldados estavam perdidos à procura de ordens. Desta forma, encostou seu marido em uma rocha e gritou:

- HOMENS! DESEMBANHEM SUAS ESPADAS E NÃO TENHAM MEDO DA MORTE! AVANCEM POR SUAS VIDAS E PELA VILA DE SEU SENHOR!

Eowyn lembrou-se do medo e do ódio que sentiu quando o Rei Bruxo feriu Théoden, seu tio e Senhor da Terra dos Cavaleiros. Ao brandir sua espada sentiu a dor que já lhe era familiar desde o dia em que ousou eliminar o servo de Sauron.

Porém seu sentimento de coragem e espírito de vingança contagiou a pequena companhia. E homens levantaram suas espadas e marcharam confiantes ao comando de Eowyn.

Lutaram bravamente e deram fim a vida de muitos orcs. Venceram a batalha, apesar de estarem em grande desvantagem. No enfrentamento repentino, cinco homens morreram e muitos estavam feridos.

Dessa forma, deixou três homens no local para que fosse feito o velório digno para os bravos guerreiros e seguiu comandando os outros, que cavalgavam ao encontro de Aragorn, a fim de encontrar respostas e cura para os feridos e para seu amado Faramir.

Aragorn escutou atentamente a cada palavra de seu amigo de outros tempos, o elfo Glorfindel.

E em meio ao desespero que lhe apertou o coração, pelos povos, por sua amada, ele disse:

- O clamor da batalha sempre fora música para meus ouvidos, mas desejava poder ter mais tempo de paz e glória em meu reinado.

Ao ouvir isso, o príncipe Eldarion pode perceber a realeza de seu pai. Seus olhos brilhavam mais que o cisne prateado da cidade de Dol Amroth.

- Meu pai! Estou pronto para ajudar desta vez! Minha mãe precisa de mim! Vou até Valfenda!

De repente uma grande comitiva de elfos encapuzados, trajando armaduras douradas por debaixo de suas capas começa a se aproximar. Glorfindel observou com sua visão élfica e comentou:

- Não precisará ir para Imladris jovem príncipe, pois Valfenda já chegou.
E assim aconteceu de Elrond, seus filhos Elrohir e Elladan chegarem a cidade do cisne, com cerca de 300 elfos arqueiros.

- Mais uma vez, em uma nova Era, o Mal acorda e junto com esse momento, Elfos e homens estabelecem uma Aliança. - disse Elrond.

O Rei, o príncipe e os elfos conversaram por bastante tempo e Aragorn soube dos acontecimentos ao norte e soube que sua Rainha poderia estar sendo torturada em Angmar, foi quando um cavaleiro portando o estandarte de Rohan surgiu desesperado e gritando:

- Lorde Faramir está morrendo! Onde está o Rei! Só o Rei poderá salvá-lo!

Com o exposto, Aragorn e Glorfindel cavalgaram junto ao Rohirrim para onde estava Lady Eowyn e Faramir seu esposo.

Faramir estava muito ferido. Lady Eowyn e os cavaleiros de sua comitiva tentavam chegar o mais rápido até Gondor, então todos puderam observar ao longe, dois cavalos com dois cavaleiros surgindo no horizonte sul, aumentando, e Lady Eowyn teve esperanças, pois quem se aproximava eram o Rei Aragorn e o Elfo Glorfindel.

- Salve senhores de Rohan! - disse Aragorn e logo desmontou seu cavalo.

- É um veneno poderoso este. Lembra a saliva de Glaurung dos tempos antigos! - completou Glorfindel.

Aragorn virou-se para lady Eowyn:

- Milady. Aqui não podemos curá-lo. Levarei Faramir comigo tomando dianteira! Encontro-os em Dol Amroth!

Assim Aragorn colocou o filho de Gondor em seu cavalo e seguiu com ele. Glorfindel ficou com Eowyn e os cavaleiros.

- Não se preocupe milady, Elrond está na cidade também. Ele e o Rei Elessar, salvarão seu marido.

Eowyn parecia desolada ao ver Elessar se distanciar com seu amado. Glorfindel percebeu sua tristeza e tentou acalmar a dama de Ithilien:

- Minha senhora, Faramir ficará bem. Aragorn e Elrond farão de tudo para salvá-lo.

- Sim, acredito em suas palavras. Porém ainda outras preocupações vagueiam em meus pensamentos - disse Eowyn, ainda observando Aragorn se afastar. - A muito não tenho notícias de meu irmão. À procura de respostas, saímos com uma pequena companhia em direção a Gondor, deixando nosso filho, Elboron, cuidando da cidade. Então fomos atacados, meu marido está ferido perdemos homens valorosos, muitos outros estão feridos, poucos em boas condições de fazer a viagem de volta.

A viagem para Gondor foi extensa, porém tranquila.

- Tranquila até demais - dizia Pallando à Thorin sempre que possível.

Mas nesta calmaria, os Anões de Erebor liderados pelo seu Rei e pelo mago azul seguiram por toda trilha feita que os levava ao Sul, na qual os anões comerciavam com os Haradrim no pouco período de paz que tiveram.

Seguiram e ao contornar Minas Tirith para sudoeste, entrando em Gondor, passaram a noite em uma estalagem no local e na manhã seguinte continuaram.

Observaram como Gondor era um País bonito. Diversos vilarejos em bloco por cada cidade. Uma estrada de pedra no centro em linha reta, com bifurcações que entravam nas cidades.

Ao sul o cheiro de brisa vindo do mar e ao longe podiam avistar as embarcações brancas, ancoradas na Baía de Belfalas.

Chegaram a Dol Amroth e na entrada da cidade, Eldarion fez uma reverência a todos e disse:

- Bem vindos à cidade do cisne prateado. Meu avô Elrond e meus tios estão na sala da reunião. Venham.

E nesse momento todos os anões e o mago puderam ver a realeza nobre e humilde do jovem príncipe que fez questão de recebê-los.

Thorin, Pallando e os anões de Erebor, Colinas de Ferro e Moria que chegaram a Gondor, estavam a conversar com os Elfos de Valfenda que já estavam no local e com o príncipe Eldarion, quando viram adentrar na cidade Aragorn, com Faramir ferido em seus braços.

Todos abriram espaço e o Rei Elessar colocou Faramir em cima de uma mesa e ao avistar Pallando, retirou sua espada Anduril da bainha e disse:

- A culpa é sua!

Pallando olhou fixamente para Aragorn e após alguns segundos, virou-se para Thorin e disse:

- Diga Rei Thorin, diga ao Rei Elessar onde estive nestes últimos meses?

- Meu caro Aragorn, Pallando se encontrava em minha morada durante esses meses então acredito que o que for que tenha acontecido não foi relacionado a ele meu amigo. Viemos ate aqui, pois algo muito horrível está acontecendo. Quase perdemos Erebor para um Balrog e se não fosse Pallando não estaria aqui neste momento para auxiliar a ti e aos outros povos. Gondor será nossa ultima defesa. Temo por Erebor que poderá cair a qualquer momento. Temos uma guarnição lá para defendê-la, mas temo que não seja o bastante. Peço humildemente que envie um de seus mensageiros para avisar ao guarda Bhelen que lá esta como responsável para que evacuem Erebor. E protejam-na será uma ótima linha de defesa ao leste.

- Você caro amigo possui meios de entrar em contato com Radagast e Gandalf? – Thorin pergunta a Pallando.

- Não sei caro Thorin, posso tentar, mas não lhe prometo nada.

- Já é o suficiente temos que fortalecer Gondor com a devida autorização de Aragorn. A guerra se aproxima e é iminente meus amigos. Muitos já estão conosco e devemos saber quantos mais estarão. Meu caro Elessar os anões de Erebor estão convosco, os anões das colinas de ferro e Moria também estão. Espero que nossa união possa ser útil. - reverência o rei, mostrando que os anões não são totalmente orgulhosos.

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